aurélia-e-as-couves-flor

alguidares voadores, molas da roupa, alfaces, frigideiras de loiça e penicos azuis

sexta-feira, junho 02, 2006

Não sou couve, não sou nada. Adoro-me muito a mim mesma, sou uma xuxu.Adoro cerejas também.

Adorava adorar tanto que despertasse adoração naqueles que adoram adorar.



Afinal a mentira e os factos ocultos são a alma do negócio. Já repararam que se fossemos todos sinceros, se dissessemos sempre o que sentimos, o mundo deixaria de ter a sua dinâmica?! Os adivinhos e conselheiros amorosos íam parar à falência, as confidências que aumentam a amizade deixariam de existir, as intrigas desapareciam e com elas as novelas, os advogados ficavam desempregados, só os bons artigos eram vendidos, os casamentos duravam mais tempo, os inimigos deixavam de ser tão detestáveis, (vocês não estavam a ler isto), a religião tornava-se dispensável. Incrível como aquilo que por tanto lutamos pode anular certas coisas que criamos para o conseguir.

Estou parada.Engraçado, pensar que neste momento tudo tem um movimento geocêntrico em relação a mim (se me considerar a mim mesma como a "Terra"). Tudo gira à minha volta e eu giro em relação a mim mesma( o meu cérebro anda ás voltas na minha cabeça). Tenho saudades de Física. Se calhar tenho saudades de gostar de algo que ninguém goste, assim se só gostar eu, já não há o perigo de o tirarem de mim. este foi o mais estúpido dos raciocínios, mas ultimamente tenho pensado muito assim embora só me tenha apercebido agora quando escrevi.
Bolas, sou mesmo egoísta. Estou a precisar de fazer um workshop de "Como viver".
GOD, não consigo pensar em nada de jeito!

Acabei de ter a mais estúpida visão da vida. Somos todos senhas, daquelas que se tiram quando se vai ao talho. Quando nascemos é como se tirassem uma senha, o nosso número vem de acordo com a sequência por que vamos nascendo, quase como um B.I., apesar de sermos todos iguais, temos cores diferentes, que mudam totalmente a nossa existência, por vezes não somos perfeitos, pode faltar-nos alguma parte (quando puxamos a senha mal, ou com força, por vezes sai rasgada ou sem algum bocado) e sabemos que apenas aguardamos a nossa vez, apesar do tempo durante o qual aguardamos e as vivências e o percurso que temos (nas mãos de quem nos arranca) ser tão diferente quanto o número de mãos e senhas que possam existir. Ainda assim, apesar do nosso fim ser algo para o qual somos uma ponte (a senha é um intermédio para algo), temos sempre a ínfima hipótese de nos perdermos no chão ou de nos dar o vento e voarmos ou ainda fartarmo-nos de suar (nas mãos transpiradas de alguém) para no fim sermos amarrotados e deitados ao chão ou quando...
eu sei, vou PARAR.
GOD...Isto é apenas um dos pequenos exemplos da confusão que é a minha cabeça e das noites em que ando atulhada em estúpidas dúvidas existencialistas.

Devo estar a precisar de água, estou mesmo uma couve murcha, é do calor! Prometo que o próximo vai ter piada! Vou ver uma novela qualquer, já tenho frio nos pés.
(Se calhar a solução está em construir mais talhos, assim o número de pessoas em cada um é menor e já não é preciso existir máquina de senhas!)

1 Comments:

Blogger Daniel Neves said...

Não é couve, não és nada! meu xuxu!
Já pensaste k morremos todos no espeto?
As senhas acabam sempre em espetada!!?
Quando alguma criança te perguntar o k é a vida... é melhor arranjares outra metáfora! lol!

12:52 da tarde  

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